Nova visita à campa da nossa querida Tina. Catorze meses depois de ter baixado à terra para a sua última morada temporal, fico triste por constatar que ninguém da sua família se dignou visitá-la para lhe deixar apenas uma flor de Saudade.
É certo que os mortos não necessitam de apoio, de solidariedade, de ajuda, de lhes levarem flores, isso faz-se enquanto se está vivo ou em estado de necessidade absoluta, situação esta que também se verificou durante os penosos cinco anos em que esteve doente e apenas recebeu meia dúzia de atenções por parte de poucos irmãos, sendo o marido (eu) e a filha (Vera), que suportámos todas as exigências relacionadas com as doenças que a Tina padecia.
Porque ela não morreu da doença mas de incúria médica e negação absoluta de internamento quando ainda não apresentava úlceras com EXPOSIÇÃO ÓSSEA por grande parte do seu corpo, ao ponto de ter de ser algaliada e entubada para alimentação (sonda gástrica) e a morte verificou-se na urgência do hospital de São Francisco Xavier por CHOQUE SÉPTICO devido a FALÊNCIA RESPIRATÓRIA provocada por essas úlceras.
E ainda hoje, estou à espera, mais de QUINZE MESES depois de ter apresentado queixa na Ordem dos Médicos, que o processo seja avaliado disciplinarmente!
Fica aqui o registo da nossa visita de hoje:

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